domingo, 24 de agosto de 2014

Como era São Paulo sem o Mercado da Lapa.

Como era São Paulo sem o Mercado da Lapa.


Casas e terrenos que existiam no local foram desapropriados pela prefeitura para a realização da obra

11 de outubro de 2013 | 11h 01
 
Mercado na década de 1970. Foto: Oswaldo Jurno/Estadão

Até o final do século 19 o bairro da a Lapa não era ainda considerado parte da cidade de São Paulo. Era apenas uma região afastada, com sítios e chácaras, e povoada por imigrantes europeus que vieram ao Brasil para construir a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Somente em 1925 é que a Lapa passou a constar oficialmente nos mapas da cidade, ganhando o status de zona urbana.
São Paulo foi crescendo e a expansão comercial do bairro também. O Mercado da Lapa foi construído na década de 1950. Segundo o Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, foi um dos primeiros mercados municipais de bairro com edifício projetado especialmente para a função. Casas e terrenos que existiam no local foram desapropriados para a realização da obra, que foi considerada de utilidade pública pela prefeitura.
Desapropriações. "Lei determina construção do mercado da Lapa", noticiou o Estado na edição de 2 de julho de 1950 (à direita). O prefeito da época, Lineu Prestes, havia promulgado na véspera a lei 3.908 criando o Mercado Distrital da Lapa. "Para a execução da obra, o executivo municipal poderá adquirir, por via amigável, permutar ou expropriar as seguintes áreas declaradas de utilidade pública pela referida lei", dizia a reportagem. Uma das maiores propriedades que existia no local pertencia à Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC).
As obras começaram em dezembro de 1951. "O novo mercado da Lapa custará à Prefeitura perto de 10 milhões de cruzeiros, sendo gastos na construção 8 mil sacos de cimento e 160 toneladas de ferro. As maiores dificuldades encontradas pela Municipalidade na execução dessa obra de grande interesse público partiram dos proprietários dos terrenos e casas situados nas imediações e que tiveram de ser desapropriados", escreveu o Estado em fevereiro de 1953 (abaixo).

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